sexta-feira, 28 de dezembro de 2012




eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te
amava cada vez mais. Você me mandou
embora da sua casa, do seu carro, da sua
vida, da memória do seu computador, do
seu celular e do seu coração. Você me
deletou. E eu passei quase um ano
quietinha, te esperando, rezando pra Santo
Antônio te ajudar a ver que amor maior no
mundo não poderia existir.


Eu segui amando e redesenhando cada
dobrinha da sua pele, cada cheiro escondido
dos seus cantinhos, cada cílio torto, cada
risada alta, cada deslumbre puro com a
vida, cada brilho nos olhos quando o mar
estivesse bonito demais. Cada preguiça,
cada abandono, cada estupidez, cada
limitação, cada bobeira. Amava seus erros
assim como amava os acertos, porque o
que eu amava, enfim, era você.

Tati B.

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